quarta-feira, 29 de julho de 2009

Eu tenho preguiça das pessoas.

Elas são muito chatas.

domingo, 26 de julho de 2009

Infinita Tristeza

infinita tristeza
que vem e me invade como o deserto do Atacama
se confunde com a distância
a proximidade
pois no horizonte se unem as pontas
que me circundam por todos os lados
parecendo tão perto!
mas são extensões que se confundem no espaço aberto
que mescla a distância entre perto e longe
muito perto parecem
por tamanha claridade
e espaço tão livre!
mas longe, se sabe
pela união que acontece apenas com o horizonte.
infinita tristeza
esse perto e longe

Pérolas

"Isso é inachável."

"Apenas pessoas insuportavelmente legais!"

"Vida é o que acontece enquanto planejamos uma."

"Bom senso é um órgão, tem gente que nasce sem."

"As quatros coisas mais importantes na vida é comer e viajar."

"Se a sua vida não está sendo comer o que tem vontade e dormir quando tem vontade, então ela não está valendo a pena."

Karla Castanheira

"Um psicanalista é o sonho de toda pessoa com problema psicológico!"

"Aohhh, lá em casa!"

Maressa Pereira

sexta-feira, 24 de julho de 2009

"Se alguém quer matar-me de amor que me mate no Estácio, bem no compasso, bem junto ao passo do passista da escola de samba do Largo do Estácio.

Fico manso, amanso a dor. Holliday, um dia de paz.

O Estácio acalma os sentidos dos erros que eu faço. Trago não traço, faço não caço.

Solto o ódio, mato o amor. Holliday, eu já não penso mais."



se alguém quer matar-me de amor que me mate no Estácio, bem no compasso... eu já nem penso mais.

terça-feira, 14 de julho de 2009



momento de tremor de alma
é a vibração que completa a nota que escapa
e voa
pára não sei onde
não sei se pára, se segue, se volta...








o tempo parou e abriu um buraco enorme entre o céu e a terra
o abismo do presente e o futuro
as rachaduras do passado trincando o chão sob os meus pés

e o sonho acaba.
sonho de futuro,
sonho de passado que continua vivo na memória incontável dos anos.

instante...o momento em que o tempo parou
e o instante é esse abismo.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Tudo o que é comum

Tudo o que é comum cabe dentro do que eu faço todos os dias.
Tudo que é comum cabe dentro de uma caixa de sapato: são cartas! Confidências que faço, que escrevo, que recebo, que volta e meia volto a ler. Correspondências de épocas e etapas diferentes que passamos. Laços se fortalecendo, outros laços diferentes se formando e uma mania mania mania de escrever, de olhar a caixa de correio e ver um envelope reluzente, dourado que brilha muito, piscando na minha frente.
Tudo o que é comum cabe dentro do meu silêncio telepático que funciona somente com algumas, pouquíssimas, pessoas. Essas escolhidas a dedo, ou por telepatia mesmo. Na verdade, isso acontece tão certo e sempre o tempo todo, desde que nos conhecemos a alguns anos, apenas com uma pessoa. É verdade mesmo, acontece com outras mas não tão intenso que realmente as palavras são tão mínimas, tão desnecessárias. Será mesmo silêncio telepático? Ou é por que falamos “sempre sozinhos”? Então, nós dois sempre falamos sozinhos e.. talvez nos encontramos quando falamos sozinhos.
Não, não. Não parece isso. Isso aconteceu quando nós tentamos conversar um com outro e nos explicar. Mas chegando lá não houve conversa, era só chegar e não havia mais o que ser dito porque parecia muito pequeno, quase sumia. Mas era pra ser uma conversa. Palavras tinham que ter sido pronunciadas, ditas, proferidas para fazer sentido, para esclarecer, explicar, explanar. Mas esclarecer o que se para nós dois não era necessário nenhum esclarecimento? Foi só uma tentativa de falar até fazer sentido, mas não deu. Cansamos e é só isso. Fomos embora.
Não precisam tantas palavras. Palavras tocam corpos. É bobagem pensar ou dizer que não. E o silêncio toca mais. É o olhar, está dito, preso silencioso no olhar, esse toca mais, mais.
Tudo o que é comum cabe dentro do meu olhar. Sempre coube, está lá. Olhar que esmaga as palavras, e olha que as palavras já são bem grandes! É ele que deixa o silêncio – telepático silêncio – olhar.
Tudo me é comum e cabe dentro do meu olhar. Tudo o que meu olho vê não é tudo o que quero olhar, mas tudo o que olho é tudo o que carrego e que me é comum. O que quero carregar e olhar sempre, tudo o que me é comum. Tudo cabe dentro do meu olhar.
É tão comum eu carregar tanta saudade...