sábado, 31 de outubro de 2009

Queria ter uma bicicleta.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Cactos I - II - III

Às vezes me sinto fraca. Me dá vertigem. Vontade de cair. Como um atordoamento. E então, giro em torno da minha própria fraqueza e tomo toda consciência dela, sem oferecer resistência pois quero me abandonar.
Nessas vezes é difícil suportar o menor incidente, por mais insignificante que ele seja. Por mais estúpido que possa ser a reação de reagir a ele. É nessas horas que perco a força.
Fala entre-cortada por pausas. Insistentes pausas atrozes que, talvez, para olhos mais atentos revelam alguma humilhação e obrigação. São pausas desconexas que contam o horror de ser fraca diante de uma força superior que empurra para baixo e fecha as saídas.
Longos silêncios necessários para que eu recobre o fôlego diante de uma força maior, opressora. Meus silêncios em que não consigo respirar. Silêncio que me dispersa e furtivamente escapo querendo encher de ar meus pulmões.
Fraca, diante de uma força superior. Vertigem. Atordoamento. Vou cair, quero cair. Não posso, não é assim que desejam que seja. Forçosamente me mantenho em pé. Continue andando. Lentamente, entre um passo e outro do que querem há um titubeio e os pés indicam outro caminho. Corrige, volta. São também meus momentos furtivos de uma fuga mal planejada, ou uma tentativa agoniante, mas quietinha, de tirar o peso que colocam.
É só um pouco de ar...

Sob o sol, à luz do dia as coisas se encaixam e parece tudo voltar ao normal.
Ao fechar os olhos pra dormir, tudo errado. Está tudo errado e fora do lugar. Não dará tempo, não tem saída, o fim é um retorno constante.
Retorno sempre.
Como a beleza. O belo sempre retorna em sonhos, imagens, lembranças, gostos...
Belo.
Um oásis onde mergulho. É um jogo de estética e imaginação que preenche os cantos da minha vida. Que puxa minha alma para fora e me faz sentir plena, cheia. É do belo que preciso para deixar que minha alma invada sempre meu corpo e o envolva em um encantamento mágico.
Beleza que me enche de vida, que me resgata a alma encolhida ainda, fazendo-a percorrer pelo meu corpo em frações de segundos para sair pelos poros. É o belo que me liberta da angústia e que renova meu desejo de viver.
Arte.
É ai que encontro o belo. A maneira que acho de expressar beleza. Me encanto com o belo, a beleza do céu, do mar, da flor. Arte abre espaço pra que eu possa expressar beleza e participar desse movimento.





Um encontro apoiado sobre um erro.
Mas de quem era a culpa? Poderia sair alguém culpado daquilo?
A culpa não partia do encontro, tanto é que muito amor existiu. Não partia dessas pessoas, de seus comportamentos e nem dos sentimentos que transitavam dos fatos externos.

"O acaso tem mágicas, a necessidade não. Para que um amor seja inesquecível, é preciso que os acasos se juntem desde o primeiro instante, como os passarinhos sobre os ombros de São Francisco de Assis."

O cotidiano está repleto de acasos geralmente não percebidos. Não há como medir esse tipo de escolha porque no amor não há a exatidão de uma certeza, ou termos de comparação. No amor tudo se vive pela primeira vez. E sem preparação.
É esse momento em que "pássaros do acaso" pousam em nossos ombros. Os olhos podem até marear-se, mas de uma infinita felicidade, transbordante.

Pousaram os pássaros e você se tornou inesquecível. Saudade. Acho que é por isso. Um amor tão belo e nascido do pouso dos pássaros em nossos ombros. Foi a força desse acaso que me deu coragem para mudar. E até agora estou impregnada por seu brilho. Que brilha e não me deixa esquecer.
Acasos. Beleza. Amor.
Memória. Retorno.
Volto sempre a esse amor. Recente? Talvez nunca saí. Não sei se todo o amor imenso que sinto vem apenas daí. Mas chego quase a achar que sim.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Vida. Suave. você, eu, ele e nós.

A vida é linda!






E hoje, final de outubro, eu só queria dizer isso =)

Linda, linda, linda!



Estou viva, como não ficava a anos...!




VIDA!






Por mais difícil que seja, consegui tudo isso porque fui atrás e é ótimo ver as coisas acontecendo, principalmente por saber que você faz parte delas. ah!
Que bom, que bom! Isso talvez se chame plenitude =)
Estou plena, cheia. O vazio foi embora...aff, chega, não? Chega de vazios por hora..
Sorrir, e rir e rir e mais sorrir.

Ultimamente, a meses, ando mais atrapalhada. Tudo que pego derrama, cai, arranha, desmancha. Já derramei café em todos os meus pertences, incluindo bolsa, caderno, livro, óculos de grau - acredita? -. E assim vai mais uma lista enorme de coisas derramadas: o ouro da porcelana, que é pouquíssimo e caríssimo; quase um litro da minha tinta branca; cerveja, já é quase de lei, e pior que é no começo hein; leite e água e mais água.
Hoje mesmo, em um movimento que não sei como fiz tudo aquilo para colocar mais aquele outro aquilo naquele lugar, derramei água nas coisas, no lugar e em mim. rsrs... Normalmente se fica nervoso, irritado, ou pelo menos contrariado. Mas, como faço desde que comecei a derramar as coisas por ai, comecei a sorrir. Ai, ai, só eu mesma pra fazer isso.
E o melhor é que isso não é ruim, é bom.
A alguns anos atrás eu era assim. Além de derramar eu quebrava tudo que era quebrável, porque tudo que chegava até minhas mãos ia direto para o chão. O que eu tinha? Não sei. Nada de errado com minha locomoção ou coordenação motora. Sei lá. Coisas de gentes desastradas.
Enfim, parei com isso. Fiquei sistemática. Era difícil ouvir tanta reclamação. Cuidar melhor das coisas.
Hum... mas fazer o que se não estou nem ai mesmo. E se esqueço que na minha mão direita tem uma garrafa aberta que pode derramar o que tem lá dentro? É bom esquecer disso as vezes, pois não é sempre que se tem o privilégio de poder esquecer.

Ah, a sua suavidade... tornou a minha vida mais leve, porque só faltava uma coisa para isso: você, que é suave. Não leve, leve, leve até se tornar insuportável. Mas, suave! Era essa a palavra que sempre busquei mas que escapava, e então sempre me impunham o leve. O leve por si só se torna insuportável.
E não é isso que melhora as coisas. Ao contrário, piora. O insuportável já ultrapassou o limite do "tolerável". E tolerar já é sinal de desgosto.
Você é suave.
E se tornou uma chave que abriu vários aspectos em mim. E olhando ao redor, olhando todos, tudo, chego a conclusão que só você seria capaz disso. Só você - no meio desse tanto de gente desnorteada, desequilibrada, ou tensa demais, ou "leve" demais - só você poderia me mostrar isso sem dizer uma palavra, mas apenas sendo você. Apenas agindo.

Suave.

Você me fez lembrar o que eu tinha esquecido. Me deu a chavezinha que faltava para eu entender algumas coisas e saber a diferença. Eu sabia que faltava algo, eu sabia. Eu sabia que não era bem aquilo. Sabia que o que me fez ficar tão maravilhada a quatro anos atrás não era o "leve" ou simplesmente a liberdade. Porque, afinal, liberdade é um tanto vago ou, no mínimo, controverso.
O que me encantou naquela época e o que nos fazia dar tão certo e sempre voltarmos era a suavidade, que os dois tínhamos.
Suavidade em meio a tudo aquilo, a tanta gente, a vida inteira..rs
Uma praia, uma rede, uma plantação de côcos e a gente vendendo côcos, depois do pedido mais engraçado e bêbado de "quer casar comigo?". Eram os planos..rs, levados a sério na... na... qual potência mesmo?
Acho que éramos muito bêbados, e bons. Não éramos leves, como se uma brisa nos levasse. Éramos suaves, e ai amplio, éramos todos, os cinco, suaves.

Mas, por outro lado, agora, depois de nós, eu posso voltar a ser suave. Antes eu não podia. Coisas dolorosas, pesadas, que não eram pra ser mas que se tornaram tão pesadas para mim, sozinha, carregar... ah, não deu.

Depois, outro amor. Era pra ser leve. Não foi. Pesou. Doía o estômago. Doía a cabeça sem parar. Doía a vida, quase o respirar. Estava tudo vazio, saindo de mim os últimos fôlegos de um amor belo e doloroso. Cansado. Um amor que era pra ser libertário. Me aprisionou em todos os sentidos. Agora começo a sair de todas as prisões.
Talvez se não fosse doloroso... pra mim, pra ela e pra tanta gente mais... e talvez se não fosse tudo jogado em cima de mim de uma vez só..! Mas agora é bom, pensando por outro lado. Bom porque ficou só a parte bela desse amor. O doloroso passou. A dor no estômago não voltou, a cabeça dá sempre bons sinais, e a plenitude, minha plenitude, voltou. Estou cheia novamente. E livre.
Agora livre do amor doloroso, da culpa pesaaaada, do julgamento familiar, das tensões e confusões mentais, do pânico, da vigia, ou da responsabilidade pela morte de alguém. Principalmente livre da responsabilidade pela infelicidade de alguns.
Eu sei me renovar.

Livre!

Livre com minhas lembranças. Penso em quatro anos atrás e vejo tudo sem me sentir presa. Passei para outro patamar. Amo-te, com certeza, mas agora você se libertou de mim e eu de você. Em dimensões totalmente diferentes. Sinto todo o amor, mas do jeito que sempre amamos um ao outro: livres.
A morte me deixou presa a você, não sei porque ainda. Fico pensando horas e horas sobre isso. O por quê. Sempre pensei e ainda não sei. Mas antes de achar a resposta, me libertei. Não quando achei que me libertaria, aliás, naquela época achei que me libertaria de tudo, e não foi bem assim. Continuei agarrada a você, sem conseguir não chorar muitas vezes. Até agorinha, sem conseguir não chorar um choro com algo de amargo misturado com in-conformismo.
Mas sabe, eu vivi um grande amor, bonito e maravilhoso! Desses que realmente você nunca esquece. E - quem diria hein - foi o primeiro! Pensando bem, eu vivi isso. Por mais triste e doida que seja sua partida eu fui privilegiada com sua chegada. E sei que você nunca parte definitivamente de mim.
Um amor lindo e sem dor.
Você era, e ainda de uma maneira um pouco diferente continua sendo, o meu lugar de volta. Um aconchego. Eu sabia que você estava lá e isso não significava um aprisionamento, ou satisfações. Você nunca foi leve a ponto de escapar ou de deixar o peso só para mim ou para os outros. Também não tomava as dores alheias, mas estava ali com o alheio.

É como você ontem, sem entrar no que eu fazia para poder estar comigo, com o alheio. Você deu a volta pela minha frente e sentou ao meu lado. Estávamos ontem, e semana passada também, com o alheio. Isso parece suavizar as coisas. E isso transcende ao momento, pois é todo um jeito de ser.

Vida. Estou feliz!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Que guapa, niña!

Quem imaginaria sua aparição, ainda mais naquelas circunstâncias: uma tarde de terça cansada com nuvens anunciando chuva e folhas secas que não paravam de voar ao nosso redor. rs.. coisa boa.
Foi assim semana passada.
Você chegou falando, falando baixo, mas falando. Fiquei a princípio inerte te olhando, um tanto assustada com você ali, na minha frente falando comigo. Essas coisas me assustam, quando pessoas chegam do nada, te vêem fazendo algo de forma alheia ao "em volta", para em seguida tirar toda sua concentração exigindo a sua atenção para algo totalmente diferente. Pessoas fora do contexto - seu - e que também não querem entrar - nele. Invés disso, trazem um contexto totalmente novo que chega até a te desnortear.
Foi assim que me senti: um desnorteio só com toda a sua falação!
Mas, olhei ao redor, via as folhas que você acompanhava com o vento, vi você sorrindo e me senti tão bem! Como se já estivesse ali conversando com você por horas, mesmo quando era você quem falava mais. Eu geralmente sorria.
Passado o choque a conversa fluiu, e agora ríamos juntas como se toda a graça do mundo estivesse ali também, naquele mesmo momento.
Quem via ficava olhando. Uma mulher achou interessante, de certo, e se aproximou ameaçando um sorriso. Talvez fosse contagioso esse momento ou talvez ela quisesse se contagiar pelos nossos sorrisos.
Ela perguntou se éramos irmãs, ao que respondemos juntas, "amigas". Tão espontânea resposta que pareceu a coisa mais certa do mundo.
E ela continuou, "o cabelo, os olhos, o jeito e a conversa tranquila... não parece não serem irmãs." Conversou um pouco e depois saiu. Você disse e riu em seguida, "você é igual a mim".
É, olhos pequenos, cabelos cacheados, mesma tonalidade de pele e cabelo, ... E como tomada por uma curiosidade i-medida você se aproxima e pega no meu cabelo. Talvez fosse engraçado ver outros cachos tão parecidos.

- - -

De novo, em uma tarde goianiense e agora muito quente, você aparece lá de longe. Fica lá, olhando. Eu nem tinha te visto ainda.
Naquele calor quase insuportável, o sol ardia sem piedade. Eu toda suja, você toda limpa. E o mesmo sol parecia mais suave perto de ti. Dava vontade de participar daquela suavidade.
Foi bom, a semana que passou, mas confesso que de ti nem recordava até... até hoje. Uma nova semana e você de novo me olhando. Dessa vez deu tchau de longe. Eu fazia muito barulho e poeira, e você toda de branco sorrindo.
Com toda aquela poeira podia sujar seu vestido!
Hoje, os cabelos soltos, cachos tentando acompanhar o vento, e você de longe olhando como se perguntasse como chegar mais perto.
Pronto. Parei de fazer poeira e barulho, e quando levanto a cabeça você já está a menos de um metro! O susto foi menor, acho que me acostumei com o seu jeito sorrateiro de se aproximar.
Você de cima sorriu: "Quanto barulho! Dá para ouvir desde longe." "É, mas agora parou. Ficou só a poeira, que ainda tenho que fazer."
Só um pouco mais calada, ficou olhando o que eu fazia e vendo minha concentração. Na verdade, acho que percebeu que eu queria terminar logo pois, esperta como sempre, já disse de pronto: "É o mesmo de semana passada, mas agora você já está terminando."
Uh, que alívio! Realmente estava.
Sabendo que você ia falar mais que eu, continuei. E você percebeu que eu queria, mas que eu não podia falar tanto. Tinha que terminar.
Então, silenciosa, passou pela minha frente e sentou-se do meu lado. Disse, "Assim você pode me ouvir e terminar." Graciosa. Sorri.
Hoje você queria mais me ouvir, que falar.

Radiante, você aparece mais uma vez para salvar minha tarde de terça e me impregnar de uma razão simples de existir: sorrir.
Você acalma as coisas. Me faz pensar que elas estão onde deveriam estar. Que elas seguem seu rumo e que este, por sinal, deve ser seu rumo certo.
O "adeus" da semana passada pensei ser mesmo pra qualquer dia que provavelmente não chegasse. Mas você apareceu novamente e olhou onde eu estava, esperando que ali eu estivesse.
Faz sentido o que senti hoje de novo. Foi uma felicidade te ver sorrindo e acenando de longe. E você veio, sentou ao meu lado e ali ficou.
Não foi só o sol que ficou mais suave com a sua presença. Tudo ao redor, quando você se aproximou, todo aquele momento, e eu: suaves.
E assim eu estou até agora.

Ainda estou rindo sozinha... Só você mesmo pra falar o cubano que não é espanhol.
Queria ter dito hoje como estava bonita, "Que guapa!!" !
Você entenderia? esse espanhol que não é cubano... rs, niña?

domingo, 25 de outubro de 2009

Uhh, o campeão voltou!!!

Salve o Tricolor Paulista!

Meu São Paulo ganhou =D
Quem achou que não seria?

O campeão voltou!!!

Pré-resultado

Está acabando. Enfim, coloco um ponto final. Vence o prazo, um ano e meio. Agora é dela a vida, aquela que quase ninguém ouvia. Aquela que quase ninguém conhece porque nunca pode sair e ser tudo o que queria. Ela está chegando, está prontinha!
E agora ela respira aliviada, está mais calma. Sai as tensões e ficam irrelevantes as novas pressões, porque agora não aceita mais, nenhuma. E tira todo o peso que pende o seu corpo, a sua alma... Longe das preocupações, alegria voltando, tempos de felicidade. Ah, a vida é melhor assim, é sim mais tranquila.
Respira. Respira.
Agora é só tirar você de mim. Algo que a cada dia trabalha em uma lógica proporcionalmente inversa. Que coisa, não? Invés de diminuir, mais e mais você entra em mim. A cada dia que se passa te acho em lugares em mim que nem sabia que você ocupava.
De repente, como um vulto dentro de casa que te acompanha ou que cruza com você ao andar pela casa.
É essa saudade que quando estou quieta ou cansada olho pro lado e lá está você, sentada também, quieta também. E aí é saudade que me enche inteira até eu quase não suportar, e quase sai pela boca, dá vontade de gritar, chamando... Ou é a saudade quando estou bastante ocupada dando passos à frente, ela vem e tropeça em meus pés tirando um pouco do meu equilíbio. Como se não fosse pra eu esquecer que você está ali, está aqui. E então, preencho todo o dia, a semana, o mês. Mas sempre tem a noite, e ai, você vem. Aparece novamente. E de novo, saudade o dia todo.
O jeito é parar de dormir. Olhos abertos o tempo todo. Ah... quem disse. Aí está você, no canto do meu olho.
Então, desisto. Me rendo a você. Fica aqui então, apareça quando quiser, onde quiser em mim. Me rendo a essa saudade que não sei de onde vem, por que vem. E a esse amor todo... ah, que fique também. Sou eu quem sinto, eu que te amo, eu que sinto saudade de ti.

Vida. Ela está saindo e agora é tudo o que quer ser.
"Come up to meet you, tell you I'm sorry.
You don't know how lovely you are
I had to find you, tell you I need you
And tell you I set you apart
Tell me your secrets, and ask me your questions
Oh let's go back to the start
Running in circles, coming up tails
Heads on a silence apart

Nobody said it was easy
It's such a shame for us to part
Nobody said it was easy
No one ever said it would be this hard
Oh take me back to the start

I was just guessing at numbers and figures
Pulling the puzzles apart.
Questions of science, science and progress
Don't speak as loud as my heart.
So tell me you love me, come back and haunt me,
Oh, when I rush to the start
Running in circles, chasing in tails
coming back as we are.

Nobody said it was easy
It's such a shame for us to part
Nobody said it was easy.
No one ever said it would be so hard
I'm going back to the start."



Era uma vez.

sábado, 24 de outubro de 2009

Carta de Recomendação

Uhh, chega.
Adiós a ustedes!!


=)

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Ansiedade

Estou aprendendo a não sofrer por antecipação. As coisas, por piores ou melhores que sejam, de qualquer forma virão.
E virão com toda a força avassaladora ou arrebatadora, libertária ou sufocante, colérica, entusiasmante, febril. E passamos por todas elas com muito menos dor do que sua antecipação previa.
Elas virão e passaremos sempre sem remédio.
Virão porque talvez seja feita disso a vida, feita dos acontecimentos, desses movimentos. Movimentar-se é estar vivo. Sim, estamos vivos por causa de movimentos corporais internos. Ficamos vivos por eles e morrer acontece quando eles param.
Enquanto as coisas acontecem aqui - do lado de fora - lá - do lado de dentro - o coração continua pulsando, pulsando, pulsando....
meu pulmão continua puxando ar e soltando ar...
células e mais células trabalham sem parar para me manter em pé, acordada, bem... para deixar tudo funcionando.
Ah, deixa isso pra lá. Não me importo, nem me preocupo. Faça o que quiser, chantagens a mais, chantagens a menos, problemas a mais, problemas a menos... passarei por todos mesmo, não é? Então, o que importa? Nada.
O que posso fazer? Nada
Ficar quieta, de boa. Porque no fundo, nós já sabemos, tanto faz.
O que importa é isso, é agora, é o que sou, o que estou, com quem estou, o que quero.
O que importa é só isso. Fazer o que se tem que fazer e fazer o que se quer fazer.
Não estou nem ai.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

sorrisos irritantes

arghhh...

Às vezes me cansa essa gente feliz. Feliz demais, feliz sempre, como se a vida fosse um doce interminável, eternamente gostoso e nunca enjoativo, ao menos. Como se a felicidade fosse constante, ou como se apenas existisse ela.
Não é uma felicidade espontânea que surge com coisas simples, com coisas boas, com coisas bobas até. É uma felicidade irritante que parece mais uma obrigação, a obrigação de ter que ser feliz. A obrigação de "Veja como sou feliz, eu sorrio o tempo todo!" Parece até forçasão, e talvez seja.
É o sorriso de ponta a ponta, de uma orelha a outra. Uma felicidade de ver aquela pessoa que você não gosta, de ter que aturá-la por mais tempo que o desejável, e de ter que ser agradável com ela. De sorrir para ela. É essa a felicidade que me irrita.
É o sorriso de sempre. A pessoa acorda e dorme, e sonha, com o mesmo sorriso estampado no rosto. Isso pode ser insensibilidade...
Às vezes acho que essas pessoas não sentem, nada.
Talvez sim, talvez não.
Não sei aonde elas são sensíveis ou se escondem. Talvez esse sorrir seja só um meio, o seu meio de disfarçar.
É. E talvez pensar assim me deixe menos irritada quando vejo tantos sorrisos 24 horas de todos os dias dos meses de todos os anos.

domingo, 4 de outubro de 2009

Las simples cosas... que duelen en el corazón

Homenagem a Mercedes Sosa - Grande!

Uno se despide insensiblemente de pequeñas cosas,
Lo mismo que un árbol en tiempos de otoño muere por sus hojas.
Al fin la tristeza es la muerte lenta de las simples cosas,
Esas cosas simples que quedan doliendo en el corazón.

Uno vuelve siempre a los viejos sitios en que amó la vida,
Y entonces comprende como están de ausentes las cosas queridas.
Por eso muchacho no partas ahora soñando el regreso,
Que el amor es simple, y a las cosas simples las devora el tiempo.

Demorate aquí, en la luz mayor de este mediodía,
Donde encontrarás con el pan al sol la mesa servida.

Por eso muchacho no partas ahora soñando el regreso,
Que el amor es simple, y a las cosas simples las devora el tiempo.


Canción de las Simples Cosas