quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Vida. Suave. você, eu, ele e nós.

A vida é linda!






E hoje, final de outubro, eu só queria dizer isso =)

Linda, linda, linda!



Estou viva, como não ficava a anos...!




VIDA!






Por mais difícil que seja, consegui tudo isso porque fui atrás e é ótimo ver as coisas acontecendo, principalmente por saber que você faz parte delas. ah!
Que bom, que bom! Isso talvez se chame plenitude =)
Estou plena, cheia. O vazio foi embora...aff, chega, não? Chega de vazios por hora..
Sorrir, e rir e rir e mais sorrir.

Ultimamente, a meses, ando mais atrapalhada. Tudo que pego derrama, cai, arranha, desmancha. Já derramei café em todos os meus pertences, incluindo bolsa, caderno, livro, óculos de grau - acredita? -. E assim vai mais uma lista enorme de coisas derramadas: o ouro da porcelana, que é pouquíssimo e caríssimo; quase um litro da minha tinta branca; cerveja, já é quase de lei, e pior que é no começo hein; leite e água e mais água.
Hoje mesmo, em um movimento que não sei como fiz tudo aquilo para colocar mais aquele outro aquilo naquele lugar, derramei água nas coisas, no lugar e em mim. rsrs... Normalmente se fica nervoso, irritado, ou pelo menos contrariado. Mas, como faço desde que comecei a derramar as coisas por ai, comecei a sorrir. Ai, ai, só eu mesma pra fazer isso.
E o melhor é que isso não é ruim, é bom.
A alguns anos atrás eu era assim. Além de derramar eu quebrava tudo que era quebrável, porque tudo que chegava até minhas mãos ia direto para o chão. O que eu tinha? Não sei. Nada de errado com minha locomoção ou coordenação motora. Sei lá. Coisas de gentes desastradas.
Enfim, parei com isso. Fiquei sistemática. Era difícil ouvir tanta reclamação. Cuidar melhor das coisas.
Hum... mas fazer o que se não estou nem ai mesmo. E se esqueço que na minha mão direita tem uma garrafa aberta que pode derramar o que tem lá dentro? É bom esquecer disso as vezes, pois não é sempre que se tem o privilégio de poder esquecer.

Ah, a sua suavidade... tornou a minha vida mais leve, porque só faltava uma coisa para isso: você, que é suave. Não leve, leve, leve até se tornar insuportável. Mas, suave! Era essa a palavra que sempre busquei mas que escapava, e então sempre me impunham o leve. O leve por si só se torna insuportável.
E não é isso que melhora as coisas. Ao contrário, piora. O insuportável já ultrapassou o limite do "tolerável". E tolerar já é sinal de desgosto.
Você é suave.
E se tornou uma chave que abriu vários aspectos em mim. E olhando ao redor, olhando todos, tudo, chego a conclusão que só você seria capaz disso. Só você - no meio desse tanto de gente desnorteada, desequilibrada, ou tensa demais, ou "leve" demais - só você poderia me mostrar isso sem dizer uma palavra, mas apenas sendo você. Apenas agindo.

Suave.

Você me fez lembrar o que eu tinha esquecido. Me deu a chavezinha que faltava para eu entender algumas coisas e saber a diferença. Eu sabia que faltava algo, eu sabia. Eu sabia que não era bem aquilo. Sabia que o que me fez ficar tão maravilhada a quatro anos atrás não era o "leve" ou simplesmente a liberdade. Porque, afinal, liberdade é um tanto vago ou, no mínimo, controverso.
O que me encantou naquela época e o que nos fazia dar tão certo e sempre voltarmos era a suavidade, que os dois tínhamos.
Suavidade em meio a tudo aquilo, a tanta gente, a vida inteira..rs
Uma praia, uma rede, uma plantação de côcos e a gente vendendo côcos, depois do pedido mais engraçado e bêbado de "quer casar comigo?". Eram os planos..rs, levados a sério na... na... qual potência mesmo?
Acho que éramos muito bêbados, e bons. Não éramos leves, como se uma brisa nos levasse. Éramos suaves, e ai amplio, éramos todos, os cinco, suaves.

Mas, por outro lado, agora, depois de nós, eu posso voltar a ser suave. Antes eu não podia. Coisas dolorosas, pesadas, que não eram pra ser mas que se tornaram tão pesadas para mim, sozinha, carregar... ah, não deu.

Depois, outro amor. Era pra ser leve. Não foi. Pesou. Doía o estômago. Doía a cabeça sem parar. Doía a vida, quase o respirar. Estava tudo vazio, saindo de mim os últimos fôlegos de um amor belo e doloroso. Cansado. Um amor que era pra ser libertário. Me aprisionou em todos os sentidos. Agora começo a sair de todas as prisões.
Talvez se não fosse doloroso... pra mim, pra ela e pra tanta gente mais... e talvez se não fosse tudo jogado em cima de mim de uma vez só..! Mas agora é bom, pensando por outro lado. Bom porque ficou só a parte bela desse amor. O doloroso passou. A dor no estômago não voltou, a cabeça dá sempre bons sinais, e a plenitude, minha plenitude, voltou. Estou cheia novamente. E livre.
Agora livre do amor doloroso, da culpa pesaaaada, do julgamento familiar, das tensões e confusões mentais, do pânico, da vigia, ou da responsabilidade pela morte de alguém. Principalmente livre da responsabilidade pela infelicidade de alguns.
Eu sei me renovar.

Livre!

Livre com minhas lembranças. Penso em quatro anos atrás e vejo tudo sem me sentir presa. Passei para outro patamar. Amo-te, com certeza, mas agora você se libertou de mim e eu de você. Em dimensões totalmente diferentes. Sinto todo o amor, mas do jeito que sempre amamos um ao outro: livres.
A morte me deixou presa a você, não sei porque ainda. Fico pensando horas e horas sobre isso. O por quê. Sempre pensei e ainda não sei. Mas antes de achar a resposta, me libertei. Não quando achei que me libertaria, aliás, naquela época achei que me libertaria de tudo, e não foi bem assim. Continuei agarrada a você, sem conseguir não chorar muitas vezes. Até agorinha, sem conseguir não chorar um choro com algo de amargo misturado com in-conformismo.
Mas sabe, eu vivi um grande amor, bonito e maravilhoso! Desses que realmente você nunca esquece. E - quem diria hein - foi o primeiro! Pensando bem, eu vivi isso. Por mais triste e doida que seja sua partida eu fui privilegiada com sua chegada. E sei que você nunca parte definitivamente de mim.
Um amor lindo e sem dor.
Você era, e ainda de uma maneira um pouco diferente continua sendo, o meu lugar de volta. Um aconchego. Eu sabia que você estava lá e isso não significava um aprisionamento, ou satisfações. Você nunca foi leve a ponto de escapar ou de deixar o peso só para mim ou para os outros. Também não tomava as dores alheias, mas estava ali com o alheio.

É como você ontem, sem entrar no que eu fazia para poder estar comigo, com o alheio. Você deu a volta pela minha frente e sentou ao meu lado. Estávamos ontem, e semana passada também, com o alheio. Isso parece suavizar as coisas. E isso transcende ao momento, pois é todo um jeito de ser.

Vida. Estou feliz!

Um comentário:

  1. será q é por sentirem-se assim q as pessoas sorriem o tempo todo? eu não me sinto assim, nem sei oq é isso.

    sabe oq sei? sei quem você é.

    (:

    ResponderExcluir