domingo, 25 de outubro de 2009

Pré-resultado

Está acabando. Enfim, coloco um ponto final. Vence o prazo, um ano e meio. Agora é dela a vida, aquela que quase ninguém ouvia. Aquela que quase ninguém conhece porque nunca pode sair e ser tudo o que queria. Ela está chegando, está prontinha!
E agora ela respira aliviada, está mais calma. Sai as tensões e ficam irrelevantes as novas pressões, porque agora não aceita mais, nenhuma. E tira todo o peso que pende o seu corpo, a sua alma... Longe das preocupações, alegria voltando, tempos de felicidade. Ah, a vida é melhor assim, é sim mais tranquila.
Respira. Respira.
Agora é só tirar você de mim. Algo que a cada dia trabalha em uma lógica proporcionalmente inversa. Que coisa, não? Invés de diminuir, mais e mais você entra em mim. A cada dia que se passa te acho em lugares em mim que nem sabia que você ocupava.
De repente, como um vulto dentro de casa que te acompanha ou que cruza com você ao andar pela casa.
É essa saudade que quando estou quieta ou cansada olho pro lado e lá está você, sentada também, quieta também. E aí é saudade que me enche inteira até eu quase não suportar, e quase sai pela boca, dá vontade de gritar, chamando... Ou é a saudade quando estou bastante ocupada dando passos à frente, ela vem e tropeça em meus pés tirando um pouco do meu equilíbio. Como se não fosse pra eu esquecer que você está ali, está aqui. E então, preencho todo o dia, a semana, o mês. Mas sempre tem a noite, e ai, você vem. Aparece novamente. E de novo, saudade o dia todo.
O jeito é parar de dormir. Olhos abertos o tempo todo. Ah... quem disse. Aí está você, no canto do meu olho.
Então, desisto. Me rendo a você. Fica aqui então, apareça quando quiser, onde quiser em mim. Me rendo a essa saudade que não sei de onde vem, por que vem. E a esse amor todo... ah, que fique também. Sou eu quem sinto, eu que te amo, eu que sinto saudade de ti.

Vida. Ela está saindo e agora é tudo o que quer ser.

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