quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Ah, isso são juras de amor primeiro...

Ah, isso são juras de amor primeiro...
ìntimo, interior, por inteiro.. tudo isso já foi dado, já foi entregue desde o começo.
depois dessa entrega fica a dor de algo perdido, esvaziado de si mesmo quando o amor já não faz sentido. e ele se vai, vai assim e leva o que foi entregue, uma parte de mim.
vão-se os anéis, ficam-se os dedos.
vem outros anéis para os mesmos dedos.
ou ranca-se tudo, anel, dedo, mão...
vai-se o coração, e fica... a falta? um buraco negro.

buracos negros saem por aí engolindo tudo que se aproxima.
quase engolem-se também e somem. acho que é isso.
não se sabe o que exatamente é um buraco negro, onde ele começa, onde ele termina, do quê ele é feito.
deve ser por isso, nesse engolir o que esta perto, nada mais perto deles que eles mesmos. eles engoliram-se a si mesmos.

e depois da entrega, do interior, do íntimo? depois que a pessoa a quem se entregou vai embora, o que ficou? o que entregar?
já foi entregue. LÁ está, indo-se, se perdendo e acenando de vez em quando.
tchau.

"parece que foi ontem que eu fiz aquele chá pra te curar da tosse e do chulé..."


e se voltasse? Ah, se voltasse...
o momento da dúvida cretina que escapa e ainda acha lugar aqui dentro do vazio, que por ser vazio ocupa todo o espaço e fica grande.

"nem com milhares de samba eu faria você voltar pra mim..."

ou, talvez buracos negros não conheçam voltas. ou, se conhecem, delas não deram notícia =|

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