quinta-feira, 29 de julho de 2010

Doce resquício

A tarde tomando seu café doce, extra doce.
Foi uma tarde gostosa, lenta e que embriaga.

Depois de sair da sua casa fui tomar outro café. Na verdade, fui jantar.
Mas depois do jantar tomei um café sem açúcar.
Ele me pôs novamente no meu eixo, como se me restituísse o meu ritmo.
E me desligou da tarde de hoje. Ela passou a ser, muito facilmente, uma lembrança distante, porque pareceu algo de fora, de outra época.

Três longos cafés doces, em uma tarde inteira.

Um breve café amargo, no final da noite.

O doce da tarde ficou raspando minha garganta, mas era de leve, parecia uma nostalgia. Aquele resquício que permanece quando o fato já passou.

Então, quer dizer...
Não, não como uma lembrança distante, mas como uma sensação de bem-estar, de prazer em passar a tarde.
E é como se o amargo do fim da noite me tornasse um pouco consciente do que aconteceu, me tirando desse estado prazeroso de embriaguez.



O amargo café, em outro ambiente, com outras pessoas...

Volto para casa.

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